O Relatório da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica Portuguesa entre os anos de 1950 a 2022, a quem agradecemos a investigação em boa hora realizada a pedido da Conferência Episcopal Portuguesa, refere a existência de casos de abuso sexual cometidos no âmbito da Congregação das Irmãs Reparadoras de Nossa Senhora de Fátima.
Recebemos a generalidade do Relatório com tristeza, vergonha e dor, por, como Congregação e como pessoas, não nos revermos de forma alguma nos atos denunciados.
Tudo o que sintamos é contudo bem menor que o sofrimento das vítimas, que nos merecem toda a consideração e atenção e são a nossa prioridade.
Estamos agradecidas às vítimas que corajosamente fizeram a denúncia. Pedimos-lhes perdão e manifestamos-lhes a nossa solidariedade. Estamos disponíveis para as escutar e acompanhar. Queremos colaborar, de acordo com as normas da sociedade e da Igreja, para reduzir o seu sofrimento.
Queremos ser e ter estruturas seguras para que não haja margem para ocorrerem outras situações. Declaramos o firme propósito de, na linha daquilo que o Santo Padre Francisco pede à Igreja e do que sentimos ser nosso dever, assumir tolerância zero aos abusos sexuais ou de outra ordem no interior da nossa Congregação.
Unidas à Conferência Episcopal Portuguesa e a toda a sociedade no combate a todo o tipo de abuso sexual, queremos continuar a dar voz ao silêncio, para que todo o mal tenha um fim.
Deixamos o e-mail criado especificamente: escutarecuidar.irnsf@gmail.com
Fátima, 28 de abril de 2023
Irmã Ana Paula Teixeira
Superiora Geral da Congregação das Irmãs Reparadoras de Nossa Senhora de Fátima
O Comunicado da CIRP - Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal: AQUI